Em única apresentação, transmitida por meio de plataformas digitais, o espetáculo protagonizado por partícipes das diferentes comunidades educativas Notre Dame refletiu sobre a responsabilidade individual no cuidado com a Criação
“Sorri, vai ao céu anunciar: sim, eu serei a mãe do Salvador”: imprimindo em cada uma das palavras a comoção à qual convida o episódio acerca do qual o verso alude, uma afinada voz adolescente reproduziu a reação obediente de Maria aos desígnios que lhe foram revelados por um anjo do Senhor. Um instante em meio ao espetáculo com cerca de 90 minutos de duração, o protagonizado pela estudante paulistana sintetizou a motivação pela qual as demais canções e representações foram entoadas e encenadas, bem como coreografias foram reproduzidas com esmero. Afinal, compondo a canção “Maria e o Anjo”, de autoria de Celina Borges, o trecho enaltece o exemplo daquela que, doando-se aos planos divinos, encontrou a genuína felicidade – sentimento norteador da 15ª edição da Cantata Natalina.
Apresentado na noite de sexta-feira (03), adequando-se às limitações impostas pela pandemia de Covid-19, o evento transmitido por meio de plataformas digitais buscou inspirar ações segundo tal modelo. Para tanto, contou com a união de esforços das diferentes instituições de ensino Notre Dame – localizadas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. “Foi emocionante ver todas as escolas da Rede reunidas”, comenta a diretora do Colégio Notre Dame Rainha, Irmã Marivete Brun, salientando como, de forma colaborativa, as comunidades educativas idealizaram uma narrativa que, culminando com o milagre do verbo transformado em carne, impeliu os espectadores a também colocarem-se a serviço do Reino de Deus, assumindo-se como responsáveis pelo cuidado com a Criação.
Evidenciando a pluralidade que caracteriza a Rede de Educação, o show, então, apropriou-se de diferentes expressões culturais para servir de eco ao “como se atrevem?” com que a mais proeminente entre as ativistas ambientais da atualidade, Greta Thunberg, indagou os líderes mundiais que, em setembro de 2019, participavam da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).