Estudantes são orientados sobre a abrangência, para a vida acadêmica futura, da realização do ENEM
10 de maio de 2016 Notícias, Portal

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado pelo Governo Federal em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes, ao final da educação básica. Dessa forma, ele serviria como um instrumento capaz de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no país, ao diagnosticar as suas deficiências. Em sua primeira edição, a avaliação contou com mais de 157 mil inscritos, mas, incentivada pela isenção da taxa de inscrição para estudantes da rede pública e o apoio das Secretarias Estaduais de Educação, das instituições de Ensino Médio e das de Ensino Superior, ela obteve, pouco a pouco, maior abrangência. Sua popularização, contudo, se consolidou em 2004, com a instituição do Programa Universidade para Todos (Prouni), pelo Ministério da Educação. Com ele, a concessão de bolsas de estudo para o ensino superior foi atrelada à nota obtida no Exame e, já no ano seguinte, o Enem alcançou a marca histórica de três milhões de inscritos. Desde então, o número de educandos que respondem as suas provas tem crescido anualmente, chegando a 8,7 milhões, em 2014.

Esses números refletem a importância que o Enem conquistou em sua trajetória, sobretudo, por já não se configurar apenas como um sistema de autoavaliação, mas, principalmente, como forma de ingresso no Ensino Superior e como pré-requisito para uma série de oportunidades, durante a vida universitária. Esses aspectos sobre o Exame Nacional foram salientados pela supervisora de ensino da Rede de Educação Notre Dame, Claudia Toldo, durante uma conversa com os educandos matriculados na 2ª e na 3ª Série do Ensino Médio do Colégio Notre Dame Rainha.

Muito além de recordar os estudantes de que a avaliação é constituída por provas individuais, que podem ser respondidas por concluintes ou por quem já concluiu o Ensino Médio, compostas por Redação e 180 questões sobre as quatro áreas do conhecimento – Linguagens, Códigos e suas tecnologias; Ciências Humanas e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; e Ciências da Natureza e suas tecnologias –, Claudia enfatizou as características do seu modelo de avaliação. “O Enem avalia o candidato com base na aferição das estruturas mentais com a quais se constrói continuamente o conhecimento e não apenas na memória”, esclareceu. Por isso, através das questões interdisciplinares e contextualizadas, o Exame valoriza a autonomia em fazer escolhas e tomar decisões, além de denotar domínio da norma culta da língua e das linguagens matemática, artística e científica; capacidade de construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento; habilidade para selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas e disponíveis em situações concretas e aptidão para recorrer ao conhecimentos desenvolvidos na escola.

Com o intuito de delinear aos estudantes a dimensão do Exame Nacional, para o qual podem inscrever-se até 20 de maio, a supervisora salientou que, apesar do seu caráter voluntário, a nota obtida na prova é imprescindível para a vida acadêmica futura. Além do Prouni – que concede bolsas de estudo parciais ou integrais, em universidades privadas, para aqueles que cursaram o ensino básico na rede pública ou foram bolsistas em escolas particulares -, atualmente, muitas instituições de Ensino Superior públicas e privadas adotam o resultado do Enem, seja de forma total, parcial ou como ponto de corte, em seus processos seletivos. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona candidatos de todo o país para vagas em universidades públicas também utiliza a nota da avaliação como parâmetro.

Além de enumerar as situações nas quais o ingresso na graduação está atrelado ao resultado obtido no Exame, Claudia ainda apontou os benefícios que, durante o curso, podem ser obtidos pelos estudantes que conquistam boas notas no Enem. Além da possibilidade de contrair o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) – que financia a graduação de estudantes matriculados em instituições não gratuitas, tendo a nota mínima de 450 pontos como pré-requisito -, bolsas de iniciação científica, participação em projetos de pesquisa e, inclusive, intercâmbio estudantil, como o Ciências Sem Fronteiras, dependem de um bom resultado no Exame Nacional do Ensino Médio.

Ao término da palestra, a coordenadora educacional do nível de ensino, Regina Sacramento, estimulou os estudantes a prepararem-se para as provas, encarando os estudos com seriedade e dedicação. “A nota do Enem poderá não só influenciar na conquista do curso desejado, mas também na qualidade da formação que vocês terão durante a vida acadêmica”, complementou o raciocínio exposto pela supervisora da Rede de Educação Notre Dame.

  • Colégio Notre Dame Rainha dos Apóstolos